Realizar testes de software é uma arma poderosa para avaliar a qualidade de um sistema e tem inúmeros benefícios. Detectar o máximo de erros possível e, claro, corrigi-los, é uma tarefa complicada.

Para ajudar, existem diversas técnicas e mais de 100 tipos de testes definidos para se realizar um teste de software. Cada aplicação ou momento do ciclo de vida do software permite um grupo de determinados tipos de teste de software.

Nós vamos detalhar aqui os mais utilizados, que são os testes unitários, testes integrados e testes ponta a ponta. Confira!

1. Testes Unitários

Deve ser realizado quando for validado somente um componente ou módulo de software, isoladamente, determinando se o resultado obtido está de acordo com o especificado, geralmente simulando as dependências que uma unidade possui.

Essa unidade é definida como um componente de software que não pode ser dividido e são indicados para medição de estruturas internas, de segurança e de funcionalidade.

Como requer um conhecimento detalhado do código do programa, é feito pelo programador, que também pode desenvolver módulos para direcionar o teste, realizando a automação de testes de software.

2. Testes de Integração

Têm por objetivo encontrar falhas de integração entre as unidades, e não mais em testar as funcionalidades isoladas da mesma. Esse processo deve avaliar a cooperação e a interação do software com outras aplicações, sejam internas ou externas.

Os módulos verificados podem ser módulos de código, aplicativos individuais, conexões, entre outros. O teste pode ser automatizado, mas o analista de testes é quem costuma realizar a homologação nesta fase.

Para ilustrar uma integração entre duas partes do sistema, imagine um componente web que exibe informações do cliente em uma página através de um banco de dados, onde a página e seu componente é uma parte do sistema (código e tela) e o banco de dados, uma fonte externa que precisa ser acessada para que as informações apareçam na tela corretamente. Os testes se aplicam, portanto, nos testes de interface e testes de dependências entre os componentes.

É fundamental desenvolver o documento de Casos de Teste de forma abrangente, com as interações possíveis, possibilitando descobrir todas as falhas no software.

3. Testes de ponta a ponta

São testes que validam todo tipo de comportamento possível dentro da aplicação, simulando a atividade do usuário final em um laboratório ou ambiente de homologação idêntico ao do ambiente de produção.

Esse ambiente precisa estar em uma situação que imite o uso do mundo real, como interagir com um banco de dados com informações reais, usar comunicações de rede, interagir com outros aplicativos, sistemas ou hardware, se necessário.

As categorias de testes aplicáveis são: testes funcionais e testes não funcionais, instalação, performance, recuperação, stress e carga. Apesar de sua complexidade, já existem ferramentas para realizar os testes de software de forma automatizada.

A homologação precisa verificar se o projeto está de acordo com o especificado e contemplar no Caso de Testes todas as funcionalidades: as regras de negócio, comportamento do sistema, interface gráfica (GUI), eventos batch e demais definições específicas.

Cada empresa pode adotar um método diferente para seus projetos e inclusive utilizar somente um, ou todos. Entretanto é recomendável e bastante adotado o uso desses 3 tipos nos diferentes momentos da homologação. Uma sugestão um pouco controversa da Google é que se faça sempre uma divisão de 70/20/10: 70% de testes unitários; 20% de testes de integração e 10% de testes de ponta a ponta.

Para uma breve comparação, o teste de unidade é bastante fácil de ser testado e pode ser automatizado, mas não é um teste que consegue ver a integração e muitos erros podem passar despercebidos. Já o teste de ponta a ponta faz uma simulação real e é possível encontrar muitas situações de erro, porém é mais difícil detectar o local exato do problema e sua documentação precisa ser muito mais detalhada, o que pode causar atrasos na entrega do projeto e deve ser feito com muita agilidade.

Apresentamos aqui os 3 tipos de testes de software mais importantes, salientando que quando são bem executados viram ótimas ferramentas para apontar falhas cometidas no desenvolvimento, diminuir os custos de retrabalho pós-implantação, avaliar os critérios de performance, qualidade, estabilidade e, principalmente, aumentar a confiança do cliente para o produto final.

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